MP do Rio denuncia seis pessoas no caso dos transplantes com HIV
Saúde
Publicado em 23/10/2024

Seis pessoas foram denunciadas à Justiça, pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, por envolvimento no caso dos órgãos transplantados com HIV: os dois sócios do Laboratório PCS Saleme, um deles está preso, e outros quatro funcionários, que também já foram presos. Todos foram denunciados por associação criminosa, lesão corporal grave e falsidade ideológica. Uma das funcionárias ainda foi denunciada por falsificação de documento particular.  

O MP também pediu a prisão preventiva de todos eles para assegurar o andamento das investigações. A denúncia ocorre após a Delegacia do Consumidor concluir o inquérito com o indiciamento dos seis pelos crimes de lesão corporal gravíssima por enfermidade incurável, associação criminosa, falsidade ideológica e por induzir consumidor a erro.

A Polícia Civil do estado informou que, com o envio do relatório do inquérito ao Ministério Público, segue a investigação sobre o processo de contratação da empresa. O trabalho vai contar com o apoio da Controladoria-Geral do estado e do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro da Polícia Civil.

O PCS Saleme foi contratado pela Fundação Saúde, empresa pública vinculada à Secretaria Estadual de Saúde, que faz a gestão das unidades da rede estadual. A Fundação chegou a firmar pelo menos três contratos com o laboratório. Nessa segunda-feira, diretores da Fundação renunciaram aos cargos e, nesta terça, o governador Claudio Castro nomeou o médico Marcus Vinicius Dias como novo presidente.  

Em nota, a defesa dos sócios do PCS Lab Saleme considerou arbitrário o pedido de prisão de Matheus Vieira, único que não foi preso. Também diz que ele se apresentou voluntariamente para depor à polícia e segue colaborando com as investigações. A nota destaca ainda que a análise preliminar do HemoRio, o hemocentro do estado, apontou resultado negativo para HIV em todas as 286 (duzentas e oitenta e seis) amostras de sangue de doadores de órgãos que foram retestadas. E isso comprovaria que os dois laudos errados foram episódios pontuais, porém graves, causados por falha humana.

 

FONTE: Rádioagência Nacional

Comentários
Comentário enviado com sucesso!