Minas Gerais enfrenta uma crise epidemiológica sem precedentes, com 71 cidades do estado em situação de emergência devido à disseminação da dengue, chikungunya e zika. Dados atualizados pela Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) nesta terça-feira (20) revelam que até o momento, 234.354 casos prováveis de dengue foram registrados, com 80.589 confirmações da doença. Além disso, 136 mortes estão em investigação.
A preocupação se estende para outras arboviroses, com 26.874 casos prováveis de febre chikungunya, dos quais 17.688 foram confirmados, e quatro óbitos registrados, enquanto 18 estão sob investigação. Os casos de zika somam 54 prováveis e seis confirmados até a última segunda-feira (19), sem registro de óbitos ou suspeitas em investigação.
No final de janeiro, o governo estadual de Minas Gerais decretou emergência em saúde, autorizando a tomada de medidas administrativas e assistenciais para conter o avanço de casos. Entre as medidas, destaca-se a aquisição pública de insumos, materiais e a contratação de serviços essenciais.
Belo Horizonte, a capital mineira, já enfrenta uma situação crítica, com um aumento de 28,72% nos casos de dengue em apenas quatro dias, totalizando 4.786 notificações em 2024, com cinco mortes. A cidade está em situação de emergência desde sábado (17), e há 18.528 casos notificados aguardando resultados de exames, além de 3.259 casos já descartados.
O Secretário de Saúde de Minas Gerais, Fábio Baccheretti, alertou que o estado pode enfrentar o pior ano da história da dengue em 2024. Em coletiva à imprensa na última sexta-feira (16), ele destacou que o pico de atendimento deve começar a diminuir em meados de março, mas a situação continua crítica.
“Neste momento, a capital mineira e a região metropolitana vivem o momento mais crítico em número de atendimentos e a expectativa é que isso dure mais algumas semanas. Vamos continuar tendo muitos casos, mas esse pico de atendimento tende a começar a diminuir em meados de março. Temos alguns municípios que começaram a ter casos antes de Belo Horizonte e agora a demanda nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) está menor que há duas semanas, e esse é o comportamento comum da dengue”, declarou, na ocasião.
FONTE: SBT News