Pegar dinheiro emprestado ficou mais barato, em 2023.
A taxa cobrada pelos bancos de pessoas físicas, na média de várias modalidades de crédito pesquisadas, recuou de 55,7 por cento ao ano para 54,2.
Os dados são do Banco Central, que não leva em conta nem o financiamento imobiliário, nem o crédito rural e nem operações do BNDES.
A queda tem relação com os cortes na taxa básica de juros, a Selic, que abriu 2023 em 13,75 por cento e terminou em 11,75.
O vilão dos juros, mais uma vez, foi o cartão de crédito.
A taxa média cobrada pelos bancos foi de 440,8 por cento ao ano.
Nessa situação, quem paga o valor mínimo da fatura e deixa pra trás um saldo de mil reais, por exemplo, depois de 12 meses verá o valor da dívida subir para mais de cinco mil.
No caso do cheque especial, ou seja, de quem deixou a conta no banco no vermelho, a taxa média de juros fechou o ano em 128 por cento.
Um dos motivos da redução da Selic é esquentar a economia, já que quando pegar dinheiro emprestado fica mais barato, as pessoas teoricamente consomem mais.
Porém, isso traz risco de aumento da inflação e da inadimplência, o que, entre outros fatores, faz com que o Banco Central reduza a taxa básica do país aos poucos.
FONTE: Agência Rádio 2
Foto: Reprodução da internet