Mais de 14 milhões de brasileiros que pagam imposto de renda hoje poderiam estar isentos.
Os cálculos são do Sidifisco, o sindicato dos auditores fiscais da Receita Federal.
Atualmente, cerca de 14,6 milhões declarantes estão na faixa de isenção, mas esse número poderia ser de 29 milhões, 190 mil pessoas, o dobro, portanto, se a tabela do tributo tivesse sido corrigida sempre que necessário.
Por causa dos muitos anos em que a tabela ou ficou congelada ou não acompanhou a inflação, existe uma defasagem que beira 150% na correção da primeira faixa do imposto de renda, a que é isenta, em relação à inflação oficial acumulada desde 1996.
Em valores, significa que, ao invés do limite atual de R$ 2.112, a renda livre de imposto de renda poderia estar em R$ 4.899,69 - uma diferença de quase R$ 2.800
Ainda de acordo com Sindifisco, sem a devida correção, a classe média mais baixa é a mais prejudicada. Isso porque, quando o trabalhador tem reajuste para repor a inflação, apenas, passa a pagar mais imposto só pelo fato de a tabela não ser corrigida pelo mesmo índice.
FONTE: Agência Rádio 2