A cobertura vacinal no Brasil parou de cair e das 8 vacinas recomendadas para crianças com um ano de idade, 7 registraram aumento da cobertura em todo país, comparando com o índice de vacinação registrado no ano passado.
Os dados ainda são preliminares e a tendência é que, até a consolidação do ano, a cobertura registre novo aumento. Desde 2016, o Brasil vinha registrando quedas na cobertura vacinal. Para a ministra da Saúde, Nísia Trindade, o Brasil nunca poderia ter perdido o lugar de referência mundial de vacinação.
Registraram crescimento as vacinas contra hepatite A, poliomielite, pneumocócica, meningocócica, a DTP - contra difteria, tétano e coqueluche, as primeiras e segundas doses do tríplice viral, que protege contra o sarampo, a caxumba, a rubéola. Também houve aumento na cobertura da vacina contra a febre amarela, indicada aos 9 meses de idade e da vacina contra o HPV.
A melhoria da cobertura é atribuída ao lançamento do Movimento Nacional pela Vacinação, o repasse de mais de R$ 151 milhões para ações de vacinação nos estados e municípios, o programa Saúde com Ciência e a política batizada como microplanejamento, em que cada município adaptou as ações de vacinação a sua própria realidade.
A única vacina que registrou queda na cobertura foi contra a Varicela. Segundo Éder Gatti, diretor do Departamento de Imunizações do Ministério da Saúde, a queda é provocada por uma crise na produção da vacina que ocorreu em todo o mundo.
O número de municípios que atingiram as metas recomendadas de cobertura vacinal também aumentou. Um exemplo é a vacinação contra a poliomielite: alta de 48%, saindo de 1.463 cidades, em 2022, para 2.168 neste ano.
O Ministério da Saúde também anunciou a criação do Novo Painel de Vacinação. A partir de agora, todos os dados vacinais, como as doses aplicadas, serão redirecionados para a Rede Nacional de Dados em Saúde, atrelados a um número de Cadastro de Pessoa Física.
FONTE: Agência Brasil